google.com, pub-7850997522645995, DIRECT, f08c47fec0942fa0 google.com, pub-7850997522645995, DIRECT, f08c47fec0942fa0
2 min de leitura
04 Apr
04Apr

Luís Fernando Wiltemburg -Redação Bonde

As polícias Civil e Militar cumpriram de mandado de internação provisória e apreenderam um adolescente que prometia provocar um atentado com arma branca em uma escola de Londrina nesta segunda-feira (3). Na casa do jovem, foram apreendidos uma faca, luvas e uma máscara semelhante à utilizada em crimes dentro de escolas praticados nos Estados Unidos e em São Paulo, na semana passada.

A idade do rapaz e a unidade em que estuda foram poupados para evitar tumultos na rotina escolar.

A apreensão do adolescente ocorreu após o acompanhamento de ameaças publicadas ems redes sociais. O comandante da Patrulha Escolar de Londrina e região, tenente Renan Rodrigues do Prado, afirma que já havia conversado com o rapaz e com responsáveis sobre o comportamento dele na internet. “Ele apresentou muita frieza”, afirmou o tenente.

Ante as ameaças cibernéticas, os setores de inteligência das Polícias Civil e Militar passaram a monitorar o comportamento e o delegado de Homicídios, João Reis, viu a necessidade de representar pela internação do adolescente. A Justiça expediu, então, o mandado requerido, que foi cumprido na manhã desta segunda, dia citado com a data da ação criminosa.

Segundo Reis, a Polícia Civil esperou até o último minuto, aguardando uma possível mudança no discurso do menor – o que evitaria o cumprimento do mandado. “A internação de um adolescente é um ato excepcional”, justificou. Agora, o MP (Ministério Público) vai avaliar se o jovem deve permanecer internado ou se pode retornar à rotina.

Tenente Prado afirma que já havia conversado com o adolescente anteriormente e que ele apresentava um comportamento reservado no colégio. Ele não tem envolvimento com atos infracionários anteriores ou histórico de problemas escolares.

Mas, para a Polícia Civil, o fato de estarem no quarto do adolescente a máscara, as luvas e a faca, indicam que a ameaça era real. A máscara apreendida encobre a parte inferior do rosto, com o desenho de narinas e mandíbulas de caveira. O mesmo artefato é utilizado por personagens do videogame Free Fire, famoso em dispositivos móveis.

Aos policiais, o adolescente teria citado o massacre em uma escola de Suzano (SP), em que dois ex-alunos invadiram o estabelecimento e deixaram cinco estudantes e duas funcionárias mortos. Em seguida, um deles matou o comparsa e tirou a própria vida. Um dos autores utilizava a máscara de caveira.  

O modelo, entretanto faz referência a outros incidentes em escolas, como o massacre em Columbine (Colorado, EUA), de abril de 1999, quando dois adolescentes assassinaram 12 adolescentes e um professor, além de ferir mais 21 pessoas, e o atentado em uma escola paulistana, no dia 27 de março, em que um aluno matou a facadas uma professora.

O tenente Renan do Prado afirma que os trotes e ameaças aumentaram após a ocorrência do dia 27 de março, mas afirma que, sem poder saber o que é real e o que é brincadeira, todos os casos são tratados com a mesma severidade.

Ele também afirma que a participação dos pais, conversando com os filhos e acompanhando as redes sociais, é essencial para evitar brincadeiras do tipo ou episódios violentos semelhantes.