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google.com, pub-7850997522645995, DIRECT, f08c47fec0942fa0Jéssica Sabbadini - Especial para o Grupo Folha
Nos últimos dias, criminosos tentaram aplicar pelo menos cinco golpes em familiares de pessoas internadas ou em tratamento no HCL (Hospital do Câncer de Londrina). Após conseguirem informações dos pacientes, os golpistas entravam em contato com familiares se passando por um médico e solicitando valores para realizar exames de urgência. Os criminosos utilizavam a foto e o nome de um oncologista de Brasília. Uma das famílias vítimas dos golpistas fez uma transferência de quase R$ 4 mil para os criminosos.
Edmilson Garcia, administrador do HCL, explica que os golpistas se apropriam de informações e dados das pessoas por meio de conversas com familiares. Segundo ele, os criminosos ficam nos salões do hospital e começam a conversar com as vítimas como forma de estabelecer uma relação de amizade. Com isso, conseguem ter acesso a algumas informações pessoais do paciente.
O administrador ressalta que eles também fazem um mapeamento dentro do hospital para ver se houve algum tipo de vazamento de informações dos prontuários.
Ele destaca que o próprio hospital foi vítima de uma tentativa de golpe para roubar dados de pacientes, já que um criminoso ligou para a instituição dizendo que era um dos médicos da equipe e estava sem acesso ao sistema e, por isso, queria os dados de todos os seus supostos pacientes. “Eles tentam de todas as formas [ter acesso a esses dados]”, explica.
Em posse dos dados, o golpista entra em contato com as famílias dos pacientes se passando por um médico. “Aí começa uma narrativa de que o paciente vai passar por um procedimento urgente. Ele fala que mesmo com o SUS [Sistema Único de Saúde] autorizando vai demorar, então pede uma quantia em dinheiro para garantir [a realização do exame]”, pontua.
Os criminosos tentaram aplicar o golpe em pelo menos cinco famílias, sendo que uma fez um pagamento de quase R$ 4 mil. A vítima chegou a fazer um empréstimo bancário para pagar o suposto procedimento. “Eles se aproveitam desse momento de fragilidade da família, que já está lutando contra o câncer, e aí vem a informação de que o paciente precisa fazer um procedimento urgente, que não pode ser feito por burocracias, então a família se vira da forma que for”, ressalta.
Os criminosos se passaram por um oncologista de Brasília e que tem sobrenome muito semelhante ao de uma médica do HCL. Segundo ele, a equipe entrou em contato com esse médico, que disse que já havia registrado um boletim de ocorrência.
O administrador pontua que quando se trata da realização de procedimentos de pacientes que estão em tratamento, o hospital não faz contato por telefone. Ele explica que os pacientes do SUS não pagam nenhum tipo de valor durante todo o tratamento, incluindo exames.