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google.com, pub-7850997522645995, DIRECT, f08c47fec0942fa0Familiares de Izabel Aparecida Guimarães de Sousa, 36 anos, descreveram o relacionamento da vendedora — assassinada por Paulo Roberto Moreira Soares, 38 — como abusivo. Ela foi morta com um tiro na testa, em casa, na tarde de sábado (4/2). O crime ocorreu no P Sul, em Ceilândia, e o assassino se entregou à polícia na noite de domingo (5/2).
O casal ficou junto por cerca de 10 anos, mas estava separado há dois meses. Parentes da vítima afirmam que Paulo Roberto não aceitava o fim da relação e que tinha comportamentos agressivos. O ciclo de violência terminou com a morte da vendedora.
Vítima de feminicídio desabafou dias antes do crime: “Justiça divina não falha”Irmão de Izabel Aparecida, Francisco Rufino de Souza, 32, contou ao Metrópoles que a vítima estava decidida a se separar e que não aguentava mais sofrer traições e ameaças de Paulo Roberto.
“Ela não suportava mais vê-lo em festas, nem as traições. Todo fim de semana, ele estava com uma mulher diferente, e ela [Izabel Aparecida] não aceitava isso. Nas duas últimas semanas, ela estava decidida e me falava que ficava muito bem sozinha, que não queria mais voltar [com o companheiro] se ele não mudasse de verdade”, disse o irmão da vítima.
Segundo o irmão da vítimas, as brigas do casal viraram uma rotina, e o relacionamento era abusivo. Na sexta-feira (3/2), Izabel Aparecida teria visto pelas mídias sociais que Paulo Roberto estava em uma festa; por isso, bloqueou uma conta bancária que os dois mantinham.
“Ele foi pagar a conta na festa, e o dinheiro estava bloqueado. O Paulo Roberto queria ser rico na rua; então, ficou muito constrangido. No outro dia, matou minha irmã. Por causa de dinheiro”, lamenta Francisco.
Izabel estava no quarto, com a filha de 8 anos, quando Paulo Roberto chegou alterado em casa. Testemunhas relataram à Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) que ouviram a vítima gritar: “Para, Roberto. Na frente da menina?”.
O assassino ordenou que a vítima desligasse o celular. Em seguida, as testemunhas ouviram barulhos de tiro.Uma equipe do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) encontrou a vítima ainda viva no quarto. Izabel Aparecida foi levada de helicóptero para o Hospital de Base, mas não resistiu e morreu.
A vendedora foi baleada na frente da filha. Após atirar na cabeça da companheira, Paulo Roberto disse à criança: “Sua mãe já era”. Logo depois, deixou o imóvel, ainda armado, em um Ford Fusion preto.
Paulo chegou a mandar um áudio em grupo de amigos no WhatsApp confessando o feminicídio. Ele se apresentou à Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) 2 de Ceilândia, acompanhado de um advogado, na noite desse domingo (5/2).
“Ai, véi. Eu estou sem palavras. A Bel [Izabel Aparecida] me deixou louco. Ela pegou todo o meu dinheiro da conta e ficava rindo, falando que eu iria passar vergonha. Eu cheguei lá nela e disse: ‘Desbloqueia a conta, Bel. Mande para a minha conta de volta’. Ela falou que não voltaria, e eu não pensei. Que m*rda, bicho. Eu matei o amor da minha vida“, afirmou, na gravação.
Milena Carvalho Metropoles