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03 Jan
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O Ministério da Justiça e Segurança Pública mandou notificar postos de gasolina que aumentaram preços entre 31 de dezembro e 1º de janeiro. No primeiro dia do ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou uma medida provisória que mantém a desoneração de tributos federais (PIS/Confis e Cide) sobre o valor dos combustíveis. No entanto, antes mesmo de o novo presidente assumir, donos de postos subiram o preço nas bombas em alguns estados.

Durante a posse, na segunda-feira (2/1), o novo ministro da Justiça, Flávio Dino, determinou ao secretário Nacional do Consumidor, Wadih Damous, que apure as eventuais alterações nos preços dos combustíveis nas bombas.  

No mesmo dia, o secretário informou que havia mandado notificar os estabelecimentos. “Inaceitável e inexplicável a alta da gasolina, pois não houve aumento no preço internacional do barril de petróleo, e a isenção de tributos federais sobre os combustíveis foi renovada”, disse Damous. 

O Metrópoles questionou a pasta sobre quantos postos foram notificados até o momento, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. 

No Distrito Federal, foi possível encontrar o litro da gasolina a R$ 6,30 no primeiro dia do ano. O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificante do Distrito Federal (Sindicombustíveis-DF), Paulo Tavares, afirma que o aumento do produto começou de forma automática.

“Todas as distribuidoras aumentaram os preços, e podemos comprar o produto no valor atualizado”, alegou Tavares. Diesel e etanol também tiveram aumentos significativos, segundo ele, de R$ 0,62 e R$ 0,25, respectivamente.

Desoneração

O presidente Lula assinou uma medida provisória que mantém a isenção da cobrança de impostos federais sobre gasolina, diesel, gás liquefeito de petróleo (GLP) — o gás de cozinha — e outros combustíveis (PIS/Cofins e Cide). Decretada pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL), a desoneração tributária dos combustíveis perdeu a validade no fim de 2022.

A nova MP valerá até 31 de dezembro de 2023 para o óleo diesel, o biodiesel e o GLP. Já as alíquotas da gasolina e do álcool ficam zeradas até 28 de fevereiro. O objetivo do governo é segurar o preço nas bombas. 

Daniela Santos Metropoles