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google.com, pub-7850997522645995, DIRECT, f08c47fec0942fa0Com atos em pelo menos 10 capitais e cidades do interior, os movimentos populares, centrais sindicais e partidos de oposição, reunidos pela Campanha Fora Bolsonaro, realizaram neste sábado (9) a mobilização nacional "Bolsonaro nunca mais".
A pauta central dos protestos foi a denúncia do aumento abusivo dos preços dos alimentos, dos combustíveis, da moradia e também a cobrança por investigações dos casos de corrupção envolvendo o governo Jair Bolsonaro (PL).
Lideranças das organizações e manifestantes avaliaram a mobilização de hoje como "um grande esquenta" para as disputas de ideias e projetos de país em 2022. Nos cartazes, as mensagens eram de indignação com a condição econômica do país, que mescla alta inflação e derretimento da renda.:: Inflação chega a 1,62%, maior alta de março desde 1994 ::
Havia também mensagens em defesa da soberania nacional, das estatais como a Petrobras e do serviço público. O comportamento do presidente da república, Jair Bolsonaro (PL), durante a pandemia também foi alvo de protestos.
O sentimento, segundo depoimento dos presentes, era de "retomada" das manifestações de rua, dando continuidade à jornada de luta construída ao longo de 2021, em que a Campanha Fora Bolsonaro se articulou para pedir o impeachment do presidente, vacina para todos e auxílio emergencial no valor de R$ 600.
"Nós sabemos que não podemos esperar até 1º de Janeiro, com um novo governo, para que a situação do país melhore. Nós temos angústias e problemas que precisam ser resolvidos agora, como o preço dos alimentos. Por isso, precisamos ir às ruas. E hoje, este dia 09/04, foi um esquenta do que será todo ano de 2022, de muita luta e resistência nas ruas", explicou Raimundo Bonfim, da Coordenação Nacional da Central de Movimentos Populares (CMP).
Para Rud Rafael, da Coordenação Nacional da Frente Povo sem Medo, os atos conseguiram atingir os objetivos.
"Foi uma jornada de atos extremamente vitoriosa, que conseguiu encontrar a versão mais perversa hoje do desgoverno Bolsonaro. Não só em relação à denúncia que a Campanha Fora Bolsonaro já vinha fazendo do genocídio na pandemia, mas também a questão de debater, hoje, o tema da inflação, do preço do gás, gasolina, da fome e do desemprego. Dialogou muito com o sentimento da população", pontuou.
Em São Paulo, a manifestação se concentrou na Praça da República, às 14h, e depois seguiu até o Largo do São Francisco. Segundo estimativas dos organizadores do ato, aproximadamente 30 mil pessoas estavam presentes na manifestação.
Pela manhã, Recife também registrou mobilização. Os manifestantes se concentraram na Praça Treze de Maio, na área central da cidade, e seguiram em passeata até a Avenida Guararapes. Houve batucada, intervenções culturais dos movimentos de juventude e discursos das lideranças sindicais da cidade.
Demócrito Miranda, um dos articuladores do Pedal Lula Livre na cidade, explica que a sociedade precisa se mobilizar contra o governo: "Apesar de a gente já estar no último ano do governo de Bolsonaro, ele continua ainda dando razões para impeachment e para não ser reeleito", explicou. "A gente tem que fazer, até o final, uma série de mobilizações para tirar Bolsonaro, seja pelo impeachment ou seja o derrotando nas eleições", convocou o manifestante.
Em São Luís, o ato se concentrou na Praça João Lisboa, no centro histórico da cidade, e depois seguiu em passeata pelos principais corredores da área comercial. Houve contato direto com trabalhadores da região. A servidora pública Isabella Larissa participou do ato e disse que foi estimulada pelo sentimento de indignação contra o governo"Eu nunca concordei com as propostas durante o período da eleição, nem com a figura do presidente. E ainda piorou depois que ele se tornou governante do país, por causa da carestia, da desmobilização popular. Então a gente busca se mobilizar para se organizar e resistir frente aos desmandos do governo", pontuou.
Já no período da tarde, algumas cidades, como Brasília e Porto Alegre, registram mobilização. Em Brasília, o ato se concentrou no Museu da República e contou com a participação dos indígenas que estão reunidos desde o dia 04 de abril no Acampamento Terra Livre.
Em Porto Alegre, apesar da chuva, o protesto se concentrou, às 15h, no Largo Glénio Peres e depois seguiu em marcha até o Largo Zumbi dos Palmares. Foram registrados atos também em Belo Horizonte, Goiânia, Aracaju, Rio de Janeiro e Maceió.