google.com, pub-7850997522645995, DIRECT, f08c47fec0942fa0 google.com, pub-7850997522645995, DIRECT, f08c47fec0942fa0
1 min de leitura
31 Oct
31Oct

José Marcos Lopes - Especial para a Folha de Londrina

A oposição ao governador Ratinho Junior (PSD) na Assembleia Legislativa do Paraná (AL) está tentando obter informações do governo a respeito da contratação de um software da mesma empresa israelense que teria fornecido o sistema de espionagem para a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) durante o governo de Jair Bolsonaro. Firmado em março de 2019, o contrato entre o governo do Paraná e a Suntech S/A (empresa que mudou de nome para Cognyte) é no valor de R$ 6,2 milhões, com dispensa de licitação, e prevê a utilização do programa pela Polícia Civil.

O pedido de informações foi protocolado na semana passada pelo deputado estadual Requião Filho (PT), com base na Lei de Acesso à Informação. Ele ainda encaminhou pedidos de providência para o ministro da Justiça, Flávio Dino, para a Procuradoria-Geral da República e para o Grupo Especializado na Proteção ao Patrimônio Público (Gepatria), do Ministério Público do Paraná. De acordo com o deputado, depois dessa aquisição foram firmados outros contratos para fins semelhantes, todos com a empresa Techbiz Digital.

No documento, o deputado questiona se o software fornecido pela Cognyte ao governo do Paraná é o First Smile, o mesmo adquirido pela Abin durante o governo Bolsonaro. A espionagem no governo passado foi alvo de uma operação da Polícia Federal no dia 20 deste mês, quando dois servidores da agência foram presos e outros três, afastados. A suspeita é que opositores, advogados e jornalistas tenham sido monitorados. O First Smile fornece a localização do investigado e dá acesso a ligações e a mensagens de texto. É possível monitorar até 10 mil pessoas simultaneamente. 

Requião Filho disse ainda que “há indícios” de que a ferramenta vem sendo utilizada pela Controladoria Geral do Estado, órgão que assessora diretamente o governador Ratinho Junior. O governo nega