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2 min de leitura
07 Jun
07Jun

Blog do Esmael

No Paraná, após a aprovação da privatização das escolas pela Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP) e a sanção pelo governador Ratinho Junior (PSD), surgem denúncias de perseguição política contra diretores de escolas. O Blog do Esmael recebeu várias denúncias, sendo o caso mais recente o afastamento da professora Regina de Oliveira Guilherme da função de diretora do Colégio Estadual Ary João Dresch, no município de Nova Londrina, por tempo indeterminado.

A professora Regina de Oliveira Guilherme, diretora do Colégio Estadual Ary João Dresch, foi afastada por tempo indeterminado. O Núcleo Regional de Educação de Loanda encaminhou um ofício à Secretaria de Estado da Educação (SEED) detalhando a situação. No documento, consta que a diretora foi fotografada entre os manifestantes durante uma greve iniciada pelos professores da rede estadual de educação no dia 3 de junho de 2024. A fotografia foi utilizada como evidência para justificar o afastamento da diretora.

A privatização das escolas no Paraná tem gerado um clima de tensão e repressão no ambiente escolar. Professores e diretores que se manifestam contrários à medida estão sendo alvos de perseguições e afastamentos. O caso da diretora Regina de Oliveira não é isolado. Mais cedo, o Blog do Esmael noticiou o afastamento da professora Carmen Lúcia, diretora do Instituto de Educação de Ponta Grossa, também destituída do cargo por se posicionar contra a privatização.

No Paraná, instaurou-se uma espécie de “Estado Policial”, semelhante ao macarthismo, onde prevalecem as delações contra educadores. As denúncias são feitas por meio de fotos e vídeos, e os diretores são sumariamente demitidos por discordarem da privatização. Este ambiente de repressão cria um cenário de medo e incerteza entre os profissionais da educação, que veem suas liberdades e direitos ameaçados.

O documento oficial enviado pelo Núcleo Regional de Educação (NRE) de Loanda à Secretaria de Estado da Educação justifica o afastamento da diretora Regina de Oliveira Guilherme por sua “ausência injustificada” devido à participação na greve, considerada ilegal pelo governo do estado. A resolução que determina o afastamento cita o princípio da supremacia do interesse público e a necessidade de manter a gestão educacional.

A análise técnica da Secretaria de Estado da Educação enfatiza a supremacia do interesse público sobre os direitos individuais dos servidores. Segundo a análise, a participação da diretora no movimento paredista foi declarada ilegal, justificando o afastamento imediato para garantir a continuidade dos serviços educacionais. A Secretaria designou interinamente a servidora Eliane Maria Dias Kondo para assumir a direção do Colégio Estadual Ary João Dresch.  

O afastamento de diretores que se posicionam contra a privatização tem impactos diretos na comunidade escolar. A substituição abrupta de gestores interfere na estabilidade e continuidade das atividades pedagógicas e administrativas, causando prejuízos ao desenvolvimento educacional dos alunos. Além disso, a repressão política gera um ambiente de medo e desconfiança entre professores e funcionários, comprometendo a qualidade do ensino. 

A situação no Paraná, com a perseguição política a diretores de escolas após a privatização, revela uma grave violação dos direitos dos profissionais da educação. O Blog do Esmael continuará acompanhando e denunciando esses casos, defendendo a liberdade de expressão e o direito à manifestação dos educadores. É fundamental que a sociedade se mobilize contra essas práticas autoritárias e lute pela preservação da educação pública de qualidade.

Aqui está o documento sobre a perseguição política em Nova Londrina.