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21 Sep
21Sep

Lucas Marcondes - Grupo Folha / Jonathan Campos AEN

O crescimento significativo da fatia reservada para a renúncia fiscal no orçamento do Paraná tem sido criticado pela oposição à gestão de Ratinho Junior (PSD) na Assembleia Legislativa (AL).

Para 2024, o Palácio Iguaçu estima abdicar de R$ 20,8 bilhões em impostos sob a justificativa de, segundo a Secretaria estadual da Fazenda, fomentar “benefícios sob a forma de diminuição de preços, redução da carga tributária e promoção de acesso a determinados bens e serviços.”

Em 2019, primeiro ano do atual governo, o montante era de R$ 10 bilhões, conforme o vice-líder da oposição no Legislativo, Arilson Chiorato (PT). O valor subiu para R$ 11 bilhões em 2020, R$ 11,8 bilhões em 2021 e R$ 17,4 milhões em 2022. Em 2023, são R$ 16,1 bilhões. 

“NÃO VEJO PREFEITOS COBRAREM” 

“Em 2024, os municípios vão deixar de receber do Paraná R$ 6,6 bilhões por conta da renúncia [...] Ratinho beneficia alguns sem discutir com os municípios”, discursou o deputado estadual na sessão de terça-feira (19). Ele disse à FOLHA que buscará marcar uma audiência pública para debater a “taxa de retorno” dos benefícios.

“Sem ter um acompanhamento para receber o retorno que ela está dando ao estado, a renúncia está fazendo mal aos municípios, mas eu não vejo ninguém de prefeitos cobrar do governador Ratinho Junior com a mesma firmeza e ênfase que cobraram do governo federal”, criticou o presidente do Partido dos Trabalhadores no Paraná.