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google.com, pub-7850997522645995, DIRECT, f08c47fec0942fa0Viver da terra é uma característica comum dos povos indígenas, que fazem do vínculo com a natureza a sua própria identidade. Por tamanho cuidado com o meio ambiente e por não causar grandes impactos, é imprescindível a manutenção das terras indígenas, além do apoio da sociedade e do governo para que continuem com esse zelo.
Segundo o estudo do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), que se baseia em dados oficiais, Terras Indígenas (TIs) concentram o menor desmatamento da região da Amazônia, além de apresentarem menos incêndios.
O manejo desses povos sobre a biodiversidade tem um papel fundamental na formação das paisagens mato-grossenses, como o Cerrado, Pantanal e Amazônia.
O Programa REM MT, do Governo de Mato Grosso, tem um subprograma inteiramente dedicado a fortalecer as organizações indígenas e os projetos de sociobiodiversidade para os povos originários: o Subprograma Territórios Indígenas.
Ao menos 43 povos indígenas são beneficiados pelo subprograma, que visa a consolidação da gestão territorial e ambiental das terras indígenas, da segurança alimentar, geração de renda e de saúde e do protagonismo das mulheres indígenas.
Confira a importância dos povos indígenas mato-grossenses na manutenção da floresta em pé:
Mato Grosso ocupa uma área de aproximadamente 900 mil km², sendo o terceiro maior estado do Brasil. Desse total, aproximadamente 16% são definidos como terras indígenas. Marcos aponta que nesse território, não há registros de grandes degradação ambiental por iniciativa dos próximos indígenas.
“Embora haja algumas tentativas de exploração até invasão, de forma geral Terras Indígenas junto das Unidades de Conservação são as áreas mais bem preservadas no estado. Dessa maneira, concentram e protegem relevante número de espécies de seres vivos nos três biomas de Mato Grosso, garantindo a conservação da biodiversidade”.
Indígenas costumam cultivar espécies nativas, que são adaptadas aos contexto locais. Esse cultivo gera menos impactos, além de evitar desperdícios, usando recursos naturais de forma consciente. Também são uma inspiração para a agricultura sustentável.
“De forma geral, o modo de vida da maioria dos indígenas se dá de forma respeitosa com a natureza, extraindo somente o necessário para a manutenção de sua forma de viver. Essa extração se dá numa velocidade e volume que os efeitos do uso não chegam a causar impactos significativos”, explica Marcos.
Nos últimos 40 anos, 20% da Floresta Amazônica foi suprimida para uso alternativo do solo, de forma legal ou ilgeal, enquanto as Terras Indígenas na Amazônia Legal perderam apenas 2% de suas florestas originais, segundo levantamento do MapBiomas.
Portanto, é necessário proteger essas terras para que a floresta continue em pé.
“A Constituição Brasileira assegura aos povos indígenas o usufruto exclusivo de suas terras, dessa forma a demarcação de terras é fundamental, primeiro para existir, depois para tornar mais robusta a proteção, pois reduz as invasões destas terras, para exploração imobiliária e outras atividades irregulares ou criminosas. Garantir a existência de terras indígenas, para indígenas e respeitando suas formas de viver e até sua vontade de mudar esta forma de vida, é garantir seu protagonismo nesta forma de conservação dos biomas”.
Os povos indígenas se veem ligados à natureza e como parte do mesmo sistema do ambiente em que vivem. Eles adaptaram seus estilos de vida para se adequar e respeitar seus ambientes, explica o coordenador do Subprograma Territórios Indígenas, Marcos Antonio Ferreira.
“Os indígenas em sua maioria não têm uma "relação" com o meio ambiente, para muitos em função de sua cosmovisão, não há relação com o meio ambiente, pois eles se veem como parte indissociável do meio ambiente. Eles se veem como parte do todo, entendem a necessidade de coexistência dos seres e de forma geral há respeito por todas as formas de vida”, pontua.